quarta-feira, junho 06, 2012


O instinto matemático

Este primeiro tópico está relacionado com a leitura que fiz do livro ‘O instinto matemático’ de Keith Devlin. Quando vi na loja, não hesitei em comprá-lo e ‘devorá-lo’. Antes porém, com o livro em minha mão... me perguntava: haveria um instinto matemático?
A resposta é sim. Basta verificar à sua volta. Quanto mais ‘instintivas’ as atividades, mais otimizadas tendem a ser. Explico: depois de milhões de anos de evolução, nos adaptamos a nos deslocarmos pelas vias mais rápidas. Por exemplo, numa área que podemos ‘modelar como plana’, procuramos nos deslocar, de um ponto a outro, numa linha reta. O deslocamento de um inseto pelas paredes e teto de uma sala, entre dois pontos,  tende a formar uma reta se ‘desmontássemos’ imaginariamente as parede e transformássemos tudo em um plano. Ou seja, aquele caminho formado por segmentos, parecendo uma linha poligonal aberta, na verdade é o caminho mais curto!

Há outra passagem no livro que cita uma brincadeira de lançar a bola na praia (no mar) para um cão buscar. O lançador percebia que o cão não fazia uma corrida reta até o ponto em que a bola estava. Mas sim, fazia uma corrida até um certo ponto, depois penetrava diagonalmente na água, até que conseguisse pegar a bola. Por que não em linha reta? Depois de diversos testes, o lançador conseguiu a resposta. O cão fazia instintivamente o percurso mais rápido para chegar até a bola. Neste caso, não é uma linha reta... mas o cão, instintivamente, modela seu percurso como uma derivada no ‘ponto de máximo de uma função’, ou a derivada igual a zero. Se não sabe do que se trata, seria interessante estudar um pouco de Newton e Leibniz.

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