O instinto matemático
Este primeiro tópico está
relacionado com a leitura que fiz do livro ‘O instinto matemático’ de Keith
Devlin. Quando vi na loja, não hesitei em comprá-lo e ‘devorá-lo’. Antes porém,
com o livro em minha mão... me perguntava: haveria um instinto matemático?
A resposta é sim. Basta verificar
à sua volta. Quanto mais ‘instintivas’ as atividades, mais otimizadas tendem a
ser. Explico: depois de milhões de anos de evolução, nos adaptamos a nos
deslocarmos pelas vias mais rápidas. Por exemplo, numa área que podemos
‘modelar como plana’, procuramos nos deslocar, de um ponto a outro, numa linha
reta. O deslocamento de um inseto pelas paredes e teto de uma sala, entre dois
pontos, tende a formar uma reta se
‘desmontássemos’ imaginariamente as parede e transformássemos tudo em um plano.
Ou seja, aquele caminho formado por segmentos, parecendo uma linha poligonal
aberta, na verdade é o caminho mais curto!
Há outra passagem no livro que cita uma
brincadeira de lançar a bola na praia (no mar) para um cão buscar. O lançador
percebia que o cão não fazia uma corrida reta até o ponto em que a bola estava.
Mas sim, fazia uma corrida até um certo ponto, depois penetrava diagonalmente
na água, até que conseguisse pegar a bola. Por que não em linha reta? Depois de
diversos testes, o lançador conseguiu a resposta. O cão fazia instintivamente o
percurso mais rápido para chegar até a bola. Neste caso, não é uma linha
reta... mas o cão, instintivamente, modela seu percurso como uma derivada no
‘ponto de máximo de uma função’, ou a derivada igual a zero. Se não sabe do que
se trata, seria interessante estudar um pouco de Newton e Leibniz.
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