terça-feira, abril 15, 2008

O andar feminino

Observar o andar feminino é um dos melhores passatempos masculinos desde os tempos mais remotos. O andar clássico das meninas é dotado de leveza e beleza, como a dos cavalos “passo fino”. Você fica entorpecido com o conjunto. Há uma harmonia, um vai-e-vem hipnótico, uma distribuição das formas governada pelo número áureo.

O tempo passa, e elas ficam cada vez mais requintadas, com suas calças de cintura baixa, exibindo graciosamente penugens delicadas entre os limites da cintura da calça e da blusa. Impossível não notar!

Claro que muitos e muitas vão achar esse ensaio machista. Não! É uma exaltação à beleza natural. Uma lembrança pelos 50 anos da bossa nova, que sempre desenhou muito bem o que estou querendo dizer.

Visto de maneira correta, o andar feminino é uma terapia. Você observa e se cura! De todos os males possíveis e imagináveis. O mundo fica mais bonito. As coisas funcionam. As crises se resolvem. Os médicos deveriam receitar isso. Talvez não possam, por causa da sisudez do estilo ocidental de ciência. Mas vi outro dia num jornal, que há médicos que recomendam o estilo de vida das praias do Rio. Creio que se referem à apreciação do andar feminino. Recomendo um teste, já que não é vendido sob prescrição médica!

quarta-feira, abril 09, 2008

Por que no passado as coisas sempre eram melhores?

Esta frase vem carregada de interpretações. Quando se fala em passado, há de se convir que a pessoa já viveu pelo menos uns 30 – 40 anos. Pense no seu grupo de amigos, nas pessoas próximas que você tem contato. Quando tinha dez anos, a sala de aula toda: uns 30 amigos ou colegas. Aos 20, este número na melhor das hipóteses cai à metade. Aos 30, nem se fala. Seu grupo já está reduzido à meia dúzia de pessoas. Aos quarenta então, muitos deles vagas lembranças. É engraçado isso. Conforme o tempo passa, as coisas começam a fazer mais sentido, a tolerância aumenta, mas as amizades diminuem! Os otimistas dizem que a qualidade aumenta em detrimento da quantidade. Os pessimistas declaram que na verdade há o processo natural de substituição dos mais “antigos” pelos mais jovens e mais fortes.

De fato há as duas coisas. As duas visões parecem coexistir para todos os indivíduos. Aos 40 anos, você é capaz de formular idéias complexas. Se a vida foi ou você a fez pródiga e com isso você aproveitou as oportunidades, é o momento da realização. Parece ser a melhor fase da vida. Por que então no passado as coisas eram invariavelmente melhores?

Creio que todas as faixas etárias mais jovens vivem mais o presente. Sentem que o momento é o “seu momento”. Há um pensamento ou uma idéia que beira a sensação de imortalidade. Isso reforça a imagem do presente. Após 40 anos, apesar de se iniciar o auge intelectual da vida (eu acho!), a consciência é mais límpida. Ela o leva a pensar com os pés no chão, sobre sua fragilidade, suas vitórias e derrotas. Mas, mediante as poderosas forças da natureza, essa idéia sucumbe. Os quarentões sofrem da nostalgia de quando eram absolutos (pelo menos em suas cabeças).

Como consolo é possível observar que nem um, nem outro são absolutos. Mas consciência límpida sobre sua situação é uma situação melhor. Temos que viver um otimismo absoluto. Uma autoconfiança inabalável. Filosofar que “no meu tempo era melhor” também. Todos caminham para esta situação. Há escolha?

terça-feira, abril 08, 2008

Juventude

Fico me perguntando por que as músicas de hoje fazem tanto sucesso? Não vejo sentido nas letras ou nas melodias com suas batidas truncadas e quase ausência de música propriamente dita. Com raras exceções, tudo me parece de gosto duvidoso. Aos poucos começo a ficar igual a intransigentes de tempos atrás? Sem perceber? Na verdade, o grande mérito das músicas de uma época é aglutinar e traduzir o estado de espírito dos jovens e sua “era”. Mas, como sempre digo, o bom gosto sobrevive a modas e ao tempo. Quanto mais o tempo passa, sua força aumenta. É claro que isso é um julgamento. Convido-o a deliciar-se com a letra dos Beatles abaixo – mais precisamente de George Harrison. Esta “jóia” vale para qualquer tempo. Quem nunca se sentiu assim? Não sou exatamente um contemporâneo dos Beatles. Mas é como se eu fosse.

"Something

Something in the way she moves
Attracts me like no other lover
Something in the way she woos me

I don't want to leave her now
You know I believe and how

Somewhere in her smile she knows
That I don't need no other lover
Something in her style that shows me

I don't want to leave her now
You know I believe and how

You're asking me will my love grow
I don't know, I don't know
You stick around now it may show
I don't know, I don't know

Something in the way she knows
And all I have to do is think of her
Something in the things she shows me

I don't want to leave her now
You know I believe and how"

segunda-feira, abril 07, 2008

Empregos

Sair do SENAI do Tatuapé foi uma grande tristeza para mim. Depois de nove anos, parecia que era para sempre! Mas temos que estar preparados para mudanças. Mesmo que pareçam ou sejam um pouco doloridas. Temos que escolher perder alguma coisa. Mal sabia eu que o convite para falar na formatura de minha última turma de alunos seria o último! Falei justamente de empregos e empregabilidade. Num dos tópicos de minha fala, que vou reproduzir na totalidade abaixo, o assunto era justamente manter-se preparado para mudanças! Numca estamos totalmente preparados para isso...Enfim, sinto muita falta do SENAI, do ambiente acadêmico e profissional. Sinto falta dos alunos, dos colegas, das "reuniões antes da aula" e de muitas coisas mais. Estava fazendo as contas dos últimos nove anos. Foram cerca de 400 alunos. Creio que contribuí com a empregabilidade direta de mais ou menos 5% deles. Foi uma honra. Vamos ao discurso feito para minha décima oitava turma (alunos da décima nona turma, perdoem-me por não chegar ao final com vocês):

Você e o mercado de trabalho

O momento econômico no Brasil é muito bom. Há grandes oportunidades em diversas áreas. A construção civil tem, em alguns casos, buscado os estudantes nas escolas.

O SENAI procura formar profissionais. Não alunos. Por isso há a insistência em desenvolver competências, comportamentos, atitudes. Nossa taxa de sucesso é altíssima. Queremos profissionais agressivos e que agreguem valor às empresas. Que queiram aprender e que eliminem comportamentos do tipo “aluno esperto”.

Entrar ou participar do mercado de trabalho é um empreendimento. Você precisa conhecer as necessidades do cliente para fornecer um produto atrativo no mercado. Divido em cinco mandamentos básicos:

1-Conhecer o que o mercado quer. O que as empresas esperam. O que o setor econômico de interesse está contratando;

2-Procurar conhecer a empresa alvo. Se possível, uma indicação conseguida é um grande empurrão para a contratação. Além de mostrar vitalidade de sua rede de contatos;

3-Conhecer suas qualidades e limitações. No que você é bom e no que precisa melhorar? Não existe candidato perfeito;

4-Conhecer a concorrência. O que seus adversários diretos têm e o que não têm;

5-Seja um especialista sem perder o conhecimento geral. Procure ter uma cultura variada. Estar bem informado, conhecer vários assuntos, ajudará você a transitar em vários temas, aumentará sua criatividade e também causará boa impressão (cuidado com a ostentação desnecessária).


Depois, seu plano deve conter cinco objetivos:


Primeiro objetivo

Conseguir uma entrevista através de currículo, resposta a anúncio, indicação. A indicação é o método mais eficiente.

Conseguindo um espaço na agenda, o primeiro passo está dado. Agora é partir para a entrevista e não cometer erros. Não perca o dia e a hora. É o compromisso mais importante de sua vida, no momento. Lembre-se de que você terá sua vida e sua capacidade profissional avaliada em alguns minutos ou algumas horas, dependendo da empresa.


Segundo objetivo

Causar boa impressão na entrevista ou testes. Para que isso ocorra:

Mantenha a calma;

Tenha uma atitude positiva;

Fale moderadamente sem usar gírias;

Não reclame de seus empregos passados;

Não faça bajulações;

Responda o que foi perguntado, sem delongas ou invencionices;

Evite assuntos polêmicos;

Apresente-se de forma adequada (evite roupas polêmicas);

Demonstre de maneira serena que você ambiciona pela vaga;

Use o bom senso (se tiver dúvidas, pergunte a algum amigo ou alguém do mercado). Nós do SENAI podemos orientá-lo.


Terceiro objetivo

Iniciar bem o trabalho, após a contratação. O processo de entrada no mercado de trabalho não acaba na contratação. Agora vem a experiência inicial. São dias cruciais. Para tanto:

Demonstre interesse em resolver problemas;

Ensine o que você sabe;

Esteja disposto a aprender;

Mantenha reserva perante os novos colegas;

Procure motivação, tenha garra frente às dificuldades;

Prestigie sua chefia.


Quarto objetivo

Mantenha sua empregabilidade durante sua carreira profissional. Você deve:

Acompanhar as necessidades do mercado;

Estudar, sempre!;

Estar preparado para fazer sacrifícios. Os prazeres são melhores quando não são rotina. Senão não seriam prazeres;

Não se acomodar com o passar do tempo (nenhuma partida está ganha);

Manter uma vida saudável (família, exercícios, alimentação saudável, enfim, boa saúde física e mental);

Cultive uma rede de contatos.


Quinto objetivo

Esteja preparado para as mudanças. Mudanças são crises. Podem trazer boas oportunidades ou a ruína. Tudo depende de sua prontidão. Implemente:

Busca por informações econômicas e políticas do mundo, de seu país, estado, município e talvez bairro que afetem sua condição profissional ou negócios;

Faça reflexões sobre cenários possíveis da economia e seu plano B;

Caso necessário, busque outras competências;

Poupe parte do que você ganha. Quem guarda tem quando precisa;

Acompanhe as necessidades do mercado.

Persiga seus objetivos! Trace metas!
Sucesso a todos!

Estou de volta

Olá Amigos! Passei um bom tempo sem postar aqui. Agora estou de volta! Minha vida mudou um pouco...por isso, talvez a inspiração tenha voltado...Para mim, escrever tem muito disso. Tem época que a gente tem vontade de escrever mais, outras menos...No meu caso, gosto de trabalhar a idéia que vai ser escrita. Deve possibilitar a reflexão, mesmo que pareça algo corriqueiro. Vim para a Cidade do Rio de Janeiro trabalhar! Estou aprendendo aos poucos a lógica desse lugar. As Cidades são como pessoas. Têm uma personalidade. As poucos vamos fazendo amizade. Sempre é bom manter uma distância segura para que não haja decepção. E lá vou eu!